terça-feira, 26 de julho de 2011

Comemorações

200 anos - A Teoria das Cores de Goethe      
100 anos - Do Espiritual na Arte de Kandinsky

Em 1791 foi editado "Contribuições para a Óptica", o primeiro texto de Goethe sobre as cores e em 1810 sua obra maior "Esboço para uma Teoria das Cores". Kandinsky editou em 1901 seu importante livro "Do Espiritual na Arte".

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A totalidade cromática no círculo de cores

                                                                                                                                                

O círculo de cores de Goethe foi estabelecido (por volta de 1792) a partir dos seus experimentos com o prisma e é estruturado a partir das cores primordiais presentes  nos fenômenos cromáticos visualizados pelo mesmo. Goethe encontra uma ordenação a partir de duas tríades de cores: a primeira com vermelho (Red), verde (Green) e azul-avioletado (Blue) e a segunda com azul (Cyan), magenta (Magenta) e amarelo (Yellow). Estas duas tríades constituem hoje as bases cromáticas dos monitores de computador ou TV (o RGB) e a dos modernos processos de impressão (o CMY+K).

Com este número reduzido de cores essenciais ele conseguiu sintetizar a totalidade cromática de forma didática e eficaz ao dispô-las segundo um critério que mostra suas transições e de imediato, pela oposição diametral, os pares de cores complementares (de forma análoga a de como elas se opõem na retina humana). Variações desta estrutura podem ser construídas também com 12, 18, 24 ou mais cores.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Luz, mais luz! (Goethe)




                                             Málaga, Espanha. Júlia Nicolas Possebon. 2011.

Do mundo mágico do poeta ao mundo lógico do pensador...


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O Esboço de uma Teoria das Cores (1790-1810) surge na obra completa de Goethe como fruto naturalíssimo de suas preocupações estéticas e científicas, que para ele, sabemos, eram duas faces de uma mesma coisa. Este homem extraordinário que mirava a Natureza com olhos de artista e de investigador, ao mesmo tempo, com dupla libido passional e intelectiva, não se detinha na contemplação tópica da beleza do mundo, que ao simples poeta basta e o faz feliz, porém aspirava com ânsia determinada alcançar as profundezas do fenômeno estético e descobrir o segredo do seu encantamento, a lei interna, necessária e lógica do seu produzir, e que o torna mágico no seu aparecer. Goethe, perante a Natureza, é um Otelo contemplando entre os tecidos do seu leito sua Desdêmona adormecida. Goethe transita constantemente do mundo mágico do poeta ao mundo lógico do pensador. As ninfas conduzem este sátiro, com as evoluções da sua dança fugaz, ao solene recinto das causas primordiais. "  

(trecho extraído da Introdução de Esbozo para una Teoria de los Colores de Goethe (trad. Pablo Simón), Buenos Aires: Editorial Poseidon, 1945)


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Prismas ópticos - ferramentas de pesquisa das cores


Prismas são configurações geométricas tridimensionais. Caracterizam-se por arestas paralelas que se originam em bases poligonais, ortogonais ou não a elas. Os mais disseminados são os prismas triangulares de cristal, vidro ou acrílico em virtude de suas aplicações na Óptica. Para estudiosos da Cromática ele é uma importante ferramenta de pesquisa dos fenômenos cromáticos primordiais. E em se tratando da Teoria das Cores de Goethe, torna-se então um instrumento necessário, prático e revelador. 

Os estudos de Goethe, em 1791, iniciaram-se com uma série de experimentos prismáticos descritos em Contribuições para Óptica que serviriam como fundamento para sua pesquisa nos vinte anos seguintes produzindo sua obra mais completa sobre as cores que é a Farbenlehre (Teoria das Cores), editada em 1810. O texto fundamental "Contribuições..." certamente ganha sua plena significação quando  pode ser acompanhado também de uma experimentação concomitante (com o prisma e utilizando-se das suas ilustrações), o que era mesmo a proposta do livro de  Goethe. Mais que um relato de experiências e suas conclusões ele pretendia que o leitor mergulhasse nos experimentos prismáticos e pudesse vislumbrar por si mesmo as ordenações dos fenômenos cromáticos e a partir destas vivências extrair suas conclusões. 

(Prismas de acrílico podem ser solicitados pelo e.mail <enniopossebon@gmail.com>) 




terça-feira, 5 de julho de 2011

Os fundamentos da Teoria das Cores de Goethe

Contribuições para a Óptica (1791) é a primeira obra de Goethe sobre as cores. Escrito em linguagem precisa e objetiva, mas igualmente expressiva e poética,  é um texto essencial para o entendimento da maneira dele experimentar e ajuizar os fenômenos cromáticos. Por meio de  experimentos prismáticos Goethe esclarece os processos de formação das cores. É uma leitura estimulante que ilumina o universo da Cromática e que pode proporcionar ao leitor uma encantadora vivência das cores prismáticas, além de substância e segurança para as suas conclusões. Estes experimentos constituem os fundamentos da  Teoria das Cores de Goethe.

Tradução, introdução, design gráfico, capa e ilustrações de Ennio Possebon. Editado pela Ed. Antroposófica em 2011. Pode ser solicitado pelo e.mail enniopossebon@gmail.com